sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pintores do cinquecento








Michelangelo







Michelangelo nasceu a 6 de mar�o de 1475, em Caprese, prov�ncia florentina. Se pai Ludovico di Lionardo Buonarroti Simoni era um homem violento, "temente de Deus", sua m�e, Francesca morreu quando Michelangelo tinha seis anos. Eram 5 irm�os.Michelangelo foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite cujo marido era cortador de m�rmore na aldeia de Settignano. Mais tarde, brincando, Michelangelo atribuir� a este fato sua voca�o de escultor. Brincadeira ou n�o, o certo � que na escola enchia os cadernos de exerc�cios com desenhos, totalmente desinteressados das li�es sobre outras mat�rias. Por isso, mais de uma vez foi espancado pelo pai e pelos irm�s de seu pai, a quem parecia vergonhuso ter um artista na familia, justamente uma familia de velha e aristocr�tica linhagem florentina, mencionada nas cr�nicas locais desde o s�culo XII. E o orgulho familiar jamais abandonar� Michelangelo. Ele preferir� a qualquer titulo, mesmo o mais honroso, a simplicidade altiva de seu nome: "N�o sou o escultor Michelangelo. Sou Michelangelo Buonarroti".Aos 13 anos, sua obstina�o vence a do pai: ingressa, como aprendiz, no est�dio de Domenico Ghirlandaio, j� ent�o considerado mestre da pintura de Floren�a. Mas oaprendizado � breve - cerca de um ano -, pois Michelangelo irrita-se com o ritmo do ensino, que lhe parece moroso, e al�m disso considera a pintura uma arte limitada: o que busca � uma express�o mais ampla e monumental. Diz-se tamb�m que o motivo da saida do juvem foi outro: seus primeiros trabalhos revelaram-se t�o bons que o professor, enciumado, preferiu afastar o aluno. Entretanto, nenhuma prova confirma essa vers�o.




Floren�a e o Mecenato




Deixando Ghirlandaio, Michelangelo entra para a escola de escultura que o mecenas Louren�o, o Magnifico - riquissimo banqueiro e protetor das artes em Floren�a mantinha nos jardins de S�o Marcos. Louren�o interessa-se pelo novo estudante: aloja-o no pal�cio, faz com que sente � mesa de seus filhos. Michelangelo est� em pleno ambiente fisico e cultural do Renascimento italiano. A atmosfera, po�tica e erudita, evoca a magnific�ncia da Gr�cia Antiga, seu ideal de beleza - baseado no equilibrio das formas -, sua concep�o de mundo - a filosofia de Plat�o.





Baco




Michelangelo adere plenamente a esse mundo. Ao produzir O Combate dos Centauros, baixo-relevo de tema mitologico, sente-se não um artista italiano inspirado nos padrões clássicos helênicos, mas um escultor grego de verdade. Em seu primeiro trabalho na pedra, com seus frisos de adolescentes atléticos~ reinam a força e a beleza impassíveis, como divindades do Olimpo.




Na Igreja del Carmine, Michelangelo copia os afrescos de Masaccio. Nos jardins de Lourenço, participa de requintadas palestras sobre filosofia e estética. Mas seu temperamento irônico, sua impaciência com a mediocridade e com a lentidão dos colegas lhe valem o primeiro - e irreparável - choque com a hostilidade dos invejosos. Ao ridicularizar o trabalho de um companheiro, Torrigiano dei Torrigiani - vaidoso e agressivo -, este desfechou-lhe um golpe tão violento no rosto que lhe desfigurou para sempre o nariz. Mancha que nunca mais se apagará da bua sensibilidade e da sua retina, a pequena deformação lhe parecerá dai por diante um estigma - o de um mundo que o escorraça por não aceitar a grandeza do seu gênio - e também uma mutilação ainda mais dolorosa para quem, como ele, era um sofisticado esteta, que considerava a beleza do corpo uma legitima encarnação divina na forma passageira do ser humano.Em 1490, Michelangelo tem 15 anos. É o ano em que, o monge Savonarola começa a inflamada pregação mistica que o levará ao governo de Florença. O anúneio de que a ira de Deus em breve desceria sobre a cidade atemoriza o jovem artista: sonhos e terrores apocalípticos povoam suas noites. Lourenço, o Magnifico, morre em 1492. Michelangelo deixa o palácio. A revolução estoura em 1494. Michelangelo, um mês antes, fugira para Veneza.




Longe do caos em que se convertera a aristocrática cidade dos Médici, Michelangelo se acalma. Passa o inverno em Bolonha, esquece Savonarola e suas profecias, redescobre a beleza do mundo. Lê Petrarca, Boccaccio e Dante. Na primavera do ano seguinte, passa novamente por Florença. Esculpe o Cupido Adormecido -- obra "pagã" num ambiente tomado de fervor religioso -, vai a Roma, onde esculpe Baco Bêbado, Adônis Morrendo. Enquanto isso, em Florença, Savonarola faz queimar livros e quadros - "as vaidades e os anátemas".




AS PRICIPAIS OBRAS




Logo, porém, a situação se inverte. Os partidários do monge começam a ser perseguidos. Entre eles, está um irmão de Michelangelo, Leonardo - que também se fizera monge durante as prédicas de Savonarola. Michelangelo não volta. Em 1498, Savonarola é queimado. Michelangelo se cala. Nenhuma de suas cartas faz menção a esses fatos. Mas esculpe a Pietá, onde uma melancolia indescritível envolve as figuras belas e dássicas. A tristeza instalara-se em Michelangelo.


PIETÁ


Na primavera de 1501, ei-lo por fim em Florcnça. Nesse mesmo ano, surgirá de suas mãos a primeira obra madura. Um gigantesco bloco de mármore jazia abandonadohavia 40 anos no local pertencente à catedral da cidade. Tinha sido entregue ao escultor Duccio, que nele deveria talhar a figura de um profeta. Duccio, porém, faleceu repentinamente e o mármore ficou á espera. Michclangelo decidiu trabalhá.lo. O resultado foi o colossal Davi, símbolo de sua luta contra o Destino, como Davi ante Golias.


Uma comissão de artistas, entre os quais estavam nada menos que Leonardo da Vinci, Botticelli, Filippino Lippi e Perugino, interroga Michelangelo sobre o lugar onde deveria ficar a estátua que deslumbra a todos quc a contemplam. A resposta do mestre é segura: na praça central de Florença, defronte ao Palácio da Senhoria. E para esse local a obra foi transportada. Entretanto, o povo da cidade, chocado com a nudez da figura, lapidou a estátua, em nome da moral.



DAVI

Um comentário:

  1. Davi uma das escuturas de Michelangelo:
    Essa escutura fui feito com muita atenção pois e ricas em detalhes em anatomia humana que pode-se obiservar na obra acima , pois mostra os musculos em alta definição en detalhe que da a beleza a essa obra maravilhosa

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